quinta-feira, 30 de junho de 2011

A Educação de Surdos e os conceitos clínico e socioantropológico

       
         
   A educação de surdos, discussão recorrente, permeia também os conceitos clínico e socioantropológico de surdez que entendem o sujeito surdo de formas diferentes.
       Dentro do conceito clínico entendemos a surdez como patologia, anomalia, e compreende-se o sujeito surdo como incapaz. Dentro desta concepção, trabalha-se principalmente o Oralismo, na tentativa de aproximar o surdo ao modelo ouvinte. Trata-se de uma educação assistencialista.
        Diante da visão socioantropológica, trabalha-se dentro das possibilidades de uma educação que atenda aos anseios da comunidade surda. Valoriza-se a identidade surda, sua cultura e o uso da Língua de Sinais, considerando o surdo capaz, autônomo e sujeito de sua própria história.


Mãos que falam


Lutemos para garantir o direito dessas mãos se expressarem....


... para que no futuro mostrem o seu brilho.


Ou seja, vamos lutar para garantir o direito das crianças surdas e também ouvintes, de uma educação digna e que valorize a possibilidade de cada um, para que no futuro tornem-se cidadãos respeitados.

"Na essência somos iguais, nas diferenças nos respeitamos..." Pense nisso!!!!!

Educação para todos ou educação para alguns?


"A deficiência não torna a criança um ser que tem menos possibilidades, e sim um ser que tem possibilidades diferentes." (VYGOTSKY, 1995,P.5)

       A educação é um assunto que ainda tem muito para se discutir, porque o que vemos hoje são currículos e metodologias ultrapassadas para a atual realidade. Escola inclusiva está mais com cara de escolas exclusivas, pois as salas de aula estão servido como depósitos de crianças, que lá estão muitas vezes sem aprenderem nada. Essas escolas aceitam todos os alunos, mas não conseguem mantê-los por muito tempo nas salas de aulas. As crianças surdas são levadas ao um ambiente escolar, onde sua história de vida não é valorizada e professores,funcionários que lá estão, não são capacitados para atendê-las.Isso contribui para o fracasso escolar do aluno, que não tem suas especificidade de aprendizagem garantida.
      Para que haja uma mudança nesta realidade, temos que lutar por um ensino de qualidade, no qual garanta a permanência, aprendizagem e o desenvolvimento dessas crianças. Então, temos que desenvolver uma nova metodologia de ensino que valorize a língua de sinais, a cultura e a identidade surda e dando importância para a singularidade de cada sujeito. E o modelo de Educação Bilingue tem possibilidades de garantir o desenvolvimento das crianças surdas, transformando a pedagogia da educação especial, voltada para práticas clínicas e terapêuticas, em uma pedagogia socializada, na qual dê importância a interação do sujeito surdo com seus pares no processo educativo.Vamos lutar pelas possibilidades diferentes dos surdos e assim garantir uma educação para todos, mas não igual para todos.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

1º de junho - Dia de Helen Keller

HELEN KELLER
1880-1968

Quando penso na história dessa mulher percebo o quanto ela foi extraordinária. Cega e surda desde bebê, após uma doença infecciosa no cérebro, enfrentou muitas dificuldades mas nunca desistiu de lutar. Com ajuda de Anne Sullivan aprendeu a se comunicar através da língua de sinais que era digitado em sua mão, aprendeu também a ler e escrever com o sistema Braile e, imitando as vibrações da garganta de sua preceptora, a falar. Ela foi educadora, escritora e advogada de cegos. Percebia o mundo com a ponta dos dedos. Um exemplo de mulher que nos ensinou que é possível ultrapassar barreiras e vencer.

"Várias vezes pensei que seria uma benção se todo ser humano, de repente, ficasse cego e surdo por alguns dias no principio da vida adulta. As trevas o fariam apreciar mais a visão e o silencio lhe ensinaria as alegrias do som"
Helen Keller