sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Seminario Estadual em Defesa das Escolas Bilingues para Surdos no PNE

Vamos fazer parte do grupo em defesa da Educação e da Cultura Surda
Dia 09/09/2011 - Assembléia Legislativa do Estado de Goiás.
Venha fazer parte!!!!

quinta-feira, 30 de junho de 2011

A Educação de Surdos e os conceitos clínico e socioantropológico

       
         
   A educação de surdos, discussão recorrente, permeia também os conceitos clínico e socioantropológico de surdez que entendem o sujeito surdo de formas diferentes.
       Dentro do conceito clínico entendemos a surdez como patologia, anomalia, e compreende-se o sujeito surdo como incapaz. Dentro desta concepção, trabalha-se principalmente o Oralismo, na tentativa de aproximar o surdo ao modelo ouvinte. Trata-se de uma educação assistencialista.
        Diante da visão socioantropológica, trabalha-se dentro das possibilidades de uma educação que atenda aos anseios da comunidade surda. Valoriza-se a identidade surda, sua cultura e o uso da Língua de Sinais, considerando o surdo capaz, autônomo e sujeito de sua própria história.


Mãos que falam


Lutemos para garantir o direito dessas mãos se expressarem....


... para que no futuro mostrem o seu brilho.


Ou seja, vamos lutar para garantir o direito das crianças surdas e também ouvintes, de uma educação digna e que valorize a possibilidade de cada um, para que no futuro tornem-se cidadãos respeitados.

"Na essência somos iguais, nas diferenças nos respeitamos..." Pense nisso!!!!!

Educação para todos ou educação para alguns?


"A deficiência não torna a criança um ser que tem menos possibilidades, e sim um ser que tem possibilidades diferentes." (VYGOTSKY, 1995,P.5)

       A educação é um assunto que ainda tem muito para se discutir, porque o que vemos hoje são currículos e metodologias ultrapassadas para a atual realidade. Escola inclusiva está mais com cara de escolas exclusivas, pois as salas de aula estão servido como depósitos de crianças, que lá estão muitas vezes sem aprenderem nada. Essas escolas aceitam todos os alunos, mas não conseguem mantê-los por muito tempo nas salas de aulas. As crianças surdas são levadas ao um ambiente escolar, onde sua história de vida não é valorizada e professores,funcionários que lá estão, não são capacitados para atendê-las.Isso contribui para o fracasso escolar do aluno, que não tem suas especificidade de aprendizagem garantida.
      Para que haja uma mudança nesta realidade, temos que lutar por um ensino de qualidade, no qual garanta a permanência, aprendizagem e o desenvolvimento dessas crianças. Então, temos que desenvolver uma nova metodologia de ensino que valorize a língua de sinais, a cultura e a identidade surda e dando importância para a singularidade de cada sujeito. E o modelo de Educação Bilingue tem possibilidades de garantir o desenvolvimento das crianças surdas, transformando a pedagogia da educação especial, voltada para práticas clínicas e terapêuticas, em uma pedagogia socializada, na qual dê importância a interação do sujeito surdo com seus pares no processo educativo.Vamos lutar pelas possibilidades diferentes dos surdos e assim garantir uma educação para todos, mas não igual para todos.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

1º de junho - Dia de Helen Keller

HELEN KELLER
1880-1968

Quando penso na história dessa mulher percebo o quanto ela foi extraordinária. Cega e surda desde bebê, após uma doença infecciosa no cérebro, enfrentou muitas dificuldades mas nunca desistiu de lutar. Com ajuda de Anne Sullivan aprendeu a se comunicar através da língua de sinais que era digitado em sua mão, aprendeu também a ler e escrever com o sistema Braile e, imitando as vibrações da garganta de sua preceptora, a falar. Ela foi educadora, escritora e advogada de cegos. Percebia o mundo com a ponta dos dedos. Um exemplo de mulher que nos ensinou que é possível ultrapassar barreiras e vencer.

"Várias vezes pensei que seria uma benção se todo ser humano, de repente, ficasse cego e surdo por alguns dias no principio da vida adulta. As trevas o fariam apreciar mais a visão e o silencio lhe ensinaria as alegrias do som"
Helen Keller

terça-feira, 31 de maio de 2011

Em defesa das escolas Bilingues

 Professora Thaís, Viviane, Katiane e Oderlan
Na estrada, a turma animada

 Passeata em Brasília em prol das Escolas Bilingues para Surdos.
 Intérprete de Libras Weber e professora da UFG Thaís Fleury

 Apresentações artísticas
 Mesmo com chuva a animação era forte

Na volta, problemas técnicos........

Convenção Internacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência Auditiva

                   "As pessoas com deficiência deverão fazer jus, em base de igualdade com as demais pessoas, a terem reconhecida e apoiada sua identidade cultural e linguística especifica, inclusive as línguas de sinais e cultura dos deficientes auditivos." (Artigo 30, sobre a participação na vida cultural).
    Os surdos e ouvintes do Brasil se reuniram em Brasilia nos dias 19 e 20 de maio, onde fizeram uma passeata em prol das escolas bilingues. Foram em busca de uma escola em que a lingua de sinais seja o meio de instrução, língua portuguesa ensinada e avaliada como segunda língua e que a cultura e identidade surda sejam garantidas.
        Parabéns a todos e a todas que lá estiveram e que esse seja o começo de uma nova história e de várias conquistas.

PRECONCEITO OU DESINFORMAÇÃO

No dicionário o significado das palavras:

Preconceito
"s.m. Forma de pensamento na qual a pessoa chega a conclusões que entram em conflito com os fatos por tê-los prejulgado.O preconceito existe em relação a quase tudo e varia em intensidade da distorção moderada a um erro total."
                           Desinformação
"sf (des+informação) Estado de uma pessoa ou grupo de pessoas não-informadas ou mal-informadas a respeito de determinada coisa."
Revista Feneis edição Março-Maio/2011 nº43 trouxe na capa, o seguinte tema:
      "PRECONCEITO OU DESINFORMAÇÃO? 
Mesmo com a existência de inúmeras leis que garantem os seus direitos, por que os surdos ainda passam por situações de constrangimento e discriminação?"
          As pessoas tende a procurar o meio mais fácil e cômodo para tentar resolver as coisas. E quando não sabem o que fazer diante de uma pessoa surda, acham que o  melhor é ignorá-la. A falta de informação geram atitudes de desrepeito e discriminação, que faz os surdos passarem por constragimentos. Como foi mostrado na revista, por  relatos de surdos que sentiram na pele o preconceito gerado pela falta de informação.
           Mesmo com o avanço nas pesquisas, de leis e de politicas para os surdos, ainda assim são insuficientes para combater a discriminação. 
            No Art. 14 do decreto 5626/05 diz:" As instituições federais de ensino devem garatir, obrigatoriamente,às pessoas surdas acesso à comunicação, à informação e a educação nos processos seletivos, nas atividades e nos conteúdos curriculares desenvolvidos em todos os níveis, etapas e modalidades de educação, desde a educação infantil até superior."
            E o que vemos são crianças surdas jogadas em salas de aulas, sem intérpretes  e com professores que não sabem como agir, por falta de informação. Coisas garantidas por lei, que apenas ficam no papel e não são cumpridas.
            Fica a pergunta no ar. Os surdos sofrem descriminação por falta de informação ou por falta de interesse?

terça-feira, 24 de maio de 2011

Revolta - Professora Amanda Gurgel




Parabéns professora pela sua coragem de demonstrar sua indiguinação com o descaso do ensino brasileiro. Muitos políticos querem falar sobre o ensino, mas nem sabem da realidade de uma escola e não querem nem saber, pois para eles isso é o que menos importa. A culpa também é nossa, porque muitas das vezes só queremos saber se tem professor na sala de aula e se o filho está estudando. Mas devemos também ajudar na fiscalização da verba destinada a educação, em que e para que está sendo usada.Os professores sozinhos não conseguem, por isso temos que nos unir e lutar pelos nossos direitos.Devemos seguir o seu exemplo e ter coragem de denunciar e alertar toda a sociedade da verdadeira realidade do ensino brasileiro.
"Sonho que se sonha só, é só um sonho, sonho que se sonha junto é realidade." Então se cada um fizer sua parte e não esquecer de refletir na hora da eleição e eleger pessoas que realmente esteja preocupada com o coletivo, assim teremos um mundo melhor. Pense nisso.

sábado, 30 de abril de 2011

Inclusão

É sabido que a história da educação de surdos é marcada por preconceito, constrangimento, humilhação e luta social. Atualmente, vivemos o modelo de inclusão, no entanto devemos estar atentos à proposta de inclusão de nossas escolas.
Cabe então, desenvolver um projeto inclusivo que seja construído com os sujeitos surdos e que dê espaço a discussões políticas e ideológicas com eles, sob uma nova lógica de entender e considerar o surdo na escola. Considerando-a, como espaço em que a língua de sinais seja compartilhada por professores e alunos, que faça parte do cotidiano escolar e seja reconhecida como primeira língua do sujeito surdo, garantindo-lhe escolas bilíngues.
Para Regina Maria de Souza, professora e pesquisadora, “franquear um ensino bilíngue na escola é permitir que a ação do sujeito com o (a) professor (a), com colegas e com o próprio conhecimento se faça a partir do desejo de se fazer singular” (Arantes, 2007, p. 46). O que nos leva a refletir sobre a necessidade da efetiva participação dos surdos na tomada de decisão sobre a modalidade de ensino a qual serão submetidos. Posicionando-se como sujeitos ativos no processo de aquisição do conhecimento.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

1º Encontro de Tradutores Intérpretes e Guia Intérpretes de LIBRAS do SINPROLS-DF



1º ENCONTRO DE TRADUTORES INTÉRPRETES E GUIA INTÉRPRETES DE LIBRAS DO SINPROLS-DF, realizado no dia 17/04/2011 no ICEP Brasil.
Um encontro maravilhoso, onde tivemos Oficinas de Formação e Qualificação Profissional, apresentações culturais e  trocas de experiências. Uma iniciativa muito boa de valorização e respeito da profissão do Intérprete, que tornam possível a comunicação entre os surdos e o mundo.
Lembrando que o SINPROLS criou a Campanha de Valorização Profissional dos Intérpretes de LIBRAS, com o lema: "INTÉRPRETES DE LIBRAS NÃO É SÓ VOCAÇÃO, VALORIZE ESSA PROFISSÃO!"

Um pouquinho do que aconteceu lá:


SURDO DANCE, SURDODUM E TEATRO COM WALDIMAR SILVA grupos de surdos expressando sua arte, tocando, dançando  e mostrando que o surdo é capaz de realizar várias coisas. Parabéns!!!!


Oficina de Classificadores ministrada por Waldimar Silva

 LETRAS-LIBRAS UFG marcaram presença.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Palestra "Implante coclear na constituição dos sujeitos surdos"

Nós alunos do Letras-LIBRAS da Universidade Federal de Goiás tevimos a honra de receber a professora da Universidade Federal de Santa Catarina UFSC, Patricia Luiza de Rezende, que nos ministrou uma palestra da sua tese de doutorado, intitulada "Implante coclear na constituição dos sujeitos surdos". Foi uma palestra muito interessante, na qual deixou bem claro a importância e a valorização  da Lingua de sinais e a cultura surda. Ela não é contra o implante coclear, mas desde que ele não torne um obstáculo para o bilinguismo. Obrigada Patricia pela sua contribuição, pois você mostrou ser determinada e que sempre estará em defesa da Linguas de Sinais, identidade e cultura surda. Parabéns!!!

LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais)

LIBRAS é uma língua materna dos surdos brasileiros.Obteve o reconhecimento oficial do governo brasileiro pela lei 10.436/2002, o meio legal de comunicação e expressão.
No seu artigo primeiro, parágrafo único da referida lei traz a definição:
Entende-se com Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS a forma de comunicação e expressão , em que o sistema linguístico de natureza visual-motora, com estrutura gramatical  própria, constitui  um sistema linguístico de transmissão de ideias e fatos oriundos de comunidades de pessoas surdas do  Brasil.                                           
                                                                           

segunda-feira, 14 de março de 2011

Abertura

  SEJAM BEM VINDOS
Um espaço aberto para todos (as), que fazem ou que queiram fazer parte dessa discussão e reflexão sobre a educação dos surdos.
 Bem vindos...


Como tudo começou

Noite escura e fria.
em um laboratório de multimeios.
Por eu,
             tu,        
                             ele e      
                                            
                                             nós

                        unidos.
                  
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